sexta-feira, janeiro 12, 2007
Dear_Diary_by_whorer_movie in www.deviantart.com
Temos uma necessidade constante de nos apaixonarmos, não pelas pessoas, mas pelos sentimentos que elas nos proporcionam.
A paixão é efémera, volátil como um gás. Para a consumir basta apenas o acender de uma chama, venha de onde vier, seja de quem for.
Apaixonei-me pela ideia de alguém que não me deixou pô-la à prova.
Lamento. Não sabes quanto.
Sê feliz.
Metaphors_and_magic_by_nuozek in www.deviantart.com
Sonho com o teu beijo árido
de ser agreste
Sonho que me envolvo no teu corpo de areia
Sinto-o deslizar pela minha pele e a fugir
por entre os meus dedos de hortelã, tão fresca
Será que sentes o prazer da água
que me corre nas veias
É ela que desejas, não eu
Por isso, não me olhas
Tens medo de enfrentar o fogo
dos meus olhos ao encontro dos teus
Tens medo de te perder em mim
Assim como eu me encontro
ao ver-te
Sonho com o teu beijo árido
de ser agreste
Sonho que me envolvo no teu corpo de areia
Sinto-o deslizar pela minha pele e a fugir
por entre os meus dedos de hortelã, tão fresca
Será que sentes o prazer da água
que me corre nas veias
É ela que desejas, não eu
Por isso, não me olhas
Tens medo de enfrentar o fogo
dos meus olhos ao encontro dos teus
Tens medo de te perder em mim
Assim como eu me encontro
ao ver-te
the_midnight_disease_byfreakingMuse in www.deviantart.com
Fui apanhada pelo corropio do tempo e sinto-me encurralada no meu próprio espaço. O silêncio da noite envolve o meu quarto, enlaça com os seus braços a cidade e engole-me devagar.
A minha alma grita, fundindo-se numa multidão de suspiros dilatados.
De mim, nunca mais sairão palavras ou sons.
As lágrimas amordaçaram-me a boca, selada pela cristalização do sal.
Se fosse leve poderia fugir.
darknessmyoldfriend_by_MsBizarre in www.deviantart.com
há tempos li isto algures, escrito por não sei quem que agora não me lembro, mas sinto-o como se fosse meu
"Queria dizer-te uma coisa que nunca te disse. Mas nunca vem a propósito. Quando ficas em silêncio muito tempo apetece-me quebrá-lo e dizer-te assim sem mais nem menos. Mas então sou eu que tenho medo. De não conseguir dizer senão outra coisa, se bem que próxima, e te conduza inevitavelmente ao engano. Então digo-te uma coisa qualquer para avaliar do teu estado de espírito e chego à conclusão que ainda não é tempo. Por vezes creio que já te disse sem querer, por outras palavras. Tu não ouviste ou não achaste necessário prestar atenção e esforçares-te a responder. Sim, é isso, se calhar é isso. É uma coisa para te dizer depois, quando já não estiveres aqui ao meu lado para a ouvires. Uma coisa do tipo: quando me quiseres eu já não vou estar aqui para te querer."
Zip_Road_over_Leather_Mountain_by_lobegrinder in www.deviantart.com
Ao alto, a curva do desejo desenhou o eixo de rotação da minha vontade.
O campo magnético da carne foi polarizado para outras bandas, a uma velocidade refráctil de um sopro por segundo.
A velocidade dos ventos também se alterou, em especial nas zonas altas.
Subiu a temperatura interna e o peso líquido.
As acções estão em alta.
Time_is_Money_by_amour_etranger in www.deviantart.com
no mealheiro dos sonhos ' todos os segundos contam ' quando se mata tempo ' de espera prolongada ' na memória curta de peso e medida ' na hora da despedida ' nua de enfeites
___Liquid____by_Liek in www.deviantart.com
Com a tristeza líquida que pinga do meu peito, esculpiste na mais dura rocha do meu jardim, este amor glacial.
quarta-feira, janeiro 10, 2007
Ouvi Dizer
Ouvi dizer que o nosso amor acabou
Pois eu não tive a noção do seu fim
Pelo que eu já tentei
Eu não vou vê-lo em mim
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem
E ao que eu vejo
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva
E pudesse eu pagar de outra forma
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã
E eu tinha tantos planos pra depois
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido
Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão
Um dia vais ser tu
E um homem como tu
Como eu não fui
Um dia vou-te ouvir dizer
E pudesse eu pagar de outra forma
Sei que um dia vais dizer
E pudesse eu pagar de outra forma
A cidade está deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura
Ora amarga! ora doce
Pra nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura
Ornatos Violeta, in Monstro
Ouvi dizer que o nosso amor acabou
Pois eu não tive a noção do seu fim
Pelo que eu já tentei
Eu não vou vê-lo em mim
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem
E ao que eu vejo
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi
E eu fiquei com tanto para dar
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva
E pudesse eu pagar de outra forma
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã
E eu tinha tantos planos pra depois
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós
Sem tirar das palavras seu cruel sentido
Sobre a razão estar cega
Resta-me apenas uma razão
Um dia vais ser tu
E um homem como tu
Como eu não fui
Um dia vou-te ouvir dizer
E pudesse eu pagar de outra forma
Sei que um dia vais dizer
E pudesse eu pagar de outra forma
A cidade está deserta
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura
Ora amarga! ora doce
Pra nos lembrar que o amor é uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura
Ornatos Violeta, in Monstro
sexta-feira, janeiro 05, 2007
killing thoughts by hellion-at in www.deviantart.com
Em cada palavra que escrevas junta-lhe o sentido de ver, cheirar, ouvir, tocar e de saborear o trago de imaginação sorvido pela folha.
Permite-te ao prazer de te perderes entre as letras que te consomem, pois se olhares, atentamente, encontrarás, entre vírgulas, o mapa da tua alma vadia.
Entre as brumas do castelo, consigo avistar as fronteiras do mundo conhecido pelos meus pares.
Eu quero ver mais longe que a sombra do astro, quero passar a linha do horizonte longínquo e explorar o profundo do meu ser vazio.
Ouvi falar de um poço, numa terra desconhecida, que dizem que concretiza desejos se para lá atirarmos uma moeda.
Se tivesse tesouros, poderia dar a todos os que sonham um pedaço de céu.
Se algum dia me perder na busca desta cidade perdida e desconhecida, não me procurem. Ou estarei perdida também, ou então não quis voltar. De entre as duas, reservo-me ao direito de escolher, se assim for necessário.
TimeGlow_by_BellZ in www.deviantart.com
----o comboio do tempo segue atrasado dois saltos e meio dedo de testa alta e cheia de presunções são como a água benta, cada um toma a que quer e a que lhe souber melhor----
your_favorite_color_by_suzi9mm in www.deviantart.com
De há uns tempos para cá activei os meus instintos canibais, perdidos algures no processo evolutivo dos usos e costumes da minha tribo.
Consumo-me, criteriosa e comedidamente, de forma a não ficar oca. Ao mínimo indício do vazio, desvio a minha atenção para a carne alheia, escolhendo com cuidado e carinho a minha próxima refeição.
Por vezes, vomito inquietações e alguns sentimentos mais amargos que entorpecem a carne e tornam-na indigesta.
the_midnight_disease_byfreakingMuse in www.deviantart.com
Tenho um amor de rosa esquadro
e dois dedos de conversa
que guerreiam com
os seus pares de dança, entre as paredes
de betão solvente e de espuma
inócua e incómoda de sentido e
de sentir